Um problema adicional neste cenário é que as
empresas com interesse na negociação de títulos nas Bolsas de Valores ou em
outras formas de captação de recursos, além dos mercados nacionais, acabam
incorrendo em custos e consumo de tempo adicional para apresentação das
demonstrações contábeis na linguagem contábil do país fornecedor de capitais.
Além disso, existe o risco do constrangimento com as freqüentes alterações – ou
até mesmo, inversão no resultado das empresas, oriundas da elaboração de um
segundo conjunto de demonstrações contábeis. A figura 2.1 abaixo ilustra o caso
de algumas empresas que tiveram seu resultado alterado ao converter suas
demonstrações financeiras para os US GAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles).
Vantagens
Facilitar análises comparativas de resultados
financeiros de empresas nacionais estrangeiras;
Ajudar os usuários externos das demonstrações
financeiras a avaliar o desempenho das empresas a nível mundial;
Redução de tempo e custo relacionado à conversão
de demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras;
Muitos países não têm ainda uma normatização
contábil adequada. Estes países, além de harmonizarem suas normas, poderiam
organiza-las internamente.
A Harmonização irá facilitar transações
internacionais, política de preços e decisão de alocação de recursos, além de
tornar o mercado de capitais internacional mais eficiente.
Empresas que precisam de capital externo para
crescimento terão vantagem por apresentar demonstrações financeiras
comparáveis.
Desvantagens
Alguns contadores são extremamente contra
quaisquer esforços no sentido de harmonizar normas contábeis porque acreditam
que a harmonização impede o progresso contábil ao refutar práticas contábeis
bem fundamentadas, ou seja, para eles o processo de harmonização de normas
contábeis implica redução de opções de práticas contábeis apropriadas;
Ausência de julgamento subjetivo em se tratando
de interpretação e divulgação de eventos econômicos, pois cada entidade possui
características próprias;
Diferentes normas contábeis devem ser derivadas
de diferentes conjuntos de postulados para diferentes sistemas culturais,
sociais, legais, políticos e econômicos;
Na maioria dos países o Governo, na qualidade de
arrecadador de impostos, é uma das principais fontes de regulação da
contabilidade;
Algumas vezes governos locais lançam políticas fiscais provisórias, visando atender a determinada situação temporária.
Um
artigo publicado em 1995 pelos autores Dr. Fernando Pereira Tostes e Luiz
Carlos Gomes de Melo apresenta ainda outras desvantagens:
Desafio à soberania nacional;
Dificilmente padrões internacionais de
informações divergentes conseguem conciliar as diferenças;
A harmonização desconsidera diferença de
costumes comerciais e tradições culturais. Ex: cheque pré-datado.
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