sábado, 20 de abril de 2013

Razões e Desvantagens

            A rapidez com que alguns mercados desenvolvidos estão adotando as normas internacionais indica claramente que dentro em breve essa será a única saída para os países cujas empresas desejem captar recursos externos. Até 2005 cerca de 90 países deverão ter suas empresas divulgando informações financeiras de acordo com as normas internacionais de contabilidade.
Um problema adicional neste cenário é que as empresas com interesse na negociação de títulos nas Bolsas de Valores ou em outras formas de captação de recursos, além dos mercados nacionais, acabam incorrendo em custos e consumo de tempo adicional para apresentação das demonstrações contábeis na linguagem contábil do país fornecedor de capitais. Além disso, existe o risco do constrangimento com as freqüentes alterações – ou até mesmo, inversão no resultado das empresas, oriundas da elaboração de um segundo conjunto de demonstrações contábeis. A figura 2.1 abaixo ilustra o caso de algumas empresas que tiveram seu resultado alterado ao converter suas demonstrações financeiras para os US GAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles).

Vantagens

Facilitar análises comparativas de resultados financeiros de empresas nacionais estrangeiras;

Ajudar os usuários externos das demonstrações financeiras a avaliar o desempenho das empresas a nível mundial;

Redução de tempo e custo relacionado à conversão de demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras;

Muitos países não têm ainda uma normatização contábil adequada. Estes países, além de harmonizarem suas normas, poderiam organiza-las internamente.

A Harmonização irá facilitar transações internacionais, política de preços e decisão de alocação de recursos, além de tornar o mercado de capitais internacional mais eficiente.

Empresas que precisam de capital externo para crescimento terão vantagem por apresentar demonstrações financeiras comparáveis.

Desvantagens

Alguns contadores são extremamente contra quaisquer esforços no sentido de harmonizar normas contábeis porque acreditam que a harmonização impede o progresso contábil ao refutar práticas contábeis bem fundamentadas, ou seja, para eles o processo de harmonização de normas contábeis implica redução de opções de práticas contábeis apropriadas;

Ausência de julgamento subjetivo em se tratando de interpretação e divulgação de eventos econômicos, pois cada entidade possui características próprias;

Diferentes normas contábeis devem ser derivadas de diferentes conjuntos de postulados para diferentes sistemas culturais, sociais, legais, políticos e econômicos;

Na maioria dos países o Governo, na qualidade de arrecadador de impostos, é uma das principais fontes de regulação da contabilidade;

Algumas vezes governos locais lançam políticas fiscais provisórias, visando atender a determinada situação temporária.

Um artigo publicado em 1995 pelos autores Dr. Fernando Pereira Tostes e Luiz Carlos Gomes de Melo apresenta ainda outras desvantagens:

Desafio à soberania nacional;

Dificilmente padrões internacionais de informações divergentes conseguem conciliar as diferenças;

A harmonização desconsidera diferença de costumes comerciais e tradições culturais. Ex: cheque pré-datado.

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